Cadências

Ao explorar as cadências musicais, é essencial compreender que nem todas seguem a lógica de suspensão, preparação e conclusão. Vamos abordar cinco tipos principais de cadências: perfeita, imperfeita, plagal, deceptiva e meia-cadência. Cada uma possui características únicas e proporciona diferentes sensações musicais.

Cadência Perfeita

A cadência perfeita é caracterizada pela sequência "V - I" (Dominante - Tônica), sendo a mais forte e conclusiva. Exemplos:

• G | C
• G7 | C7M

Cadência Autêntica

A cadência autêntica é uma cadência perfeita precedida por um acorde subdominante (II ou IV grau). Exemplos:

• F7M | G7 | C
• Dm | G | C

Cadência Imperfeita

Apesar de também ser formada pela sequência "V - I" (Dominante - Tônica), a cadência imperfeita apresenta um ou ambos os acordes invertidos, resultando em uma sensação de progressão enfraquecida. Quando o acorde dominante é substituído pelo VII grau, a cadência também é considerada imperfeita. Exemplos:

• G/B | C/E
• G/B | C
• G7 | C/E
• Bm7(b5) | C7M

Cadência Plagal

Na cadência plagal, o acorde subdominante resolve diretamente na tônica, sem passar pelo dominante. As sequências podem ser II - I ou IV - I. Exemplos:

• Dm7 | C
• F7M | C

Cadência Deceptiva

A cadência deceptiva ocorre quando a resolução esperada é substituída por um acorde que não é a tônica. Exemplos:

• G7 | F
• G7 | Dm
• G7 | Gb7M

Meia-Cadência

A meia-cadência é caracterizada por repousar sobre um acorde dominante que não resolve em outro acorde, deixando a progressão em aberto. Exemplos:

• Am | G7 | ?
• Dm | G7 | ?

Conclusão

Explorar e entender as cadências musicais é fundamental para qualquer estudante de música, pois elas são elementos essenciais que definem a harmonia e a progressão de uma peça musical. Ao estudar os diferentes tipos de cadências - perfeitas, imperfeitas, plagais, deceptivas e meia-cadências - e suas variações em várias tonalidades, é possível apreciar como cada uma delas contribui para criar sensações distintas e resolver ou prolongar a tensão harmônica.

A prática de transpor cadências para diferentes tonalidades não só fortalece o conhecimento teórico, mas também melhora a flexibilidade musical e a capacidade de improvisação. A análise das inversões e a aplicação em contextos variados ajudam a internalizar esses conceitos, tornando mais intuitiva a construção e a interpretação de músicas.