Os acordes relativos são um conceito fundamental na teoria musical que permite aos músicos e compositores criar progressões harmônicas interessantes e coesas. Este artigo abordará o que são acordes relativos, como identificá-los e usá-los na prática musical. A compreensão dos acordes relativos é essencial para qualquer pessoa interessada em teoria musical, seja iniciante ou avançado.
Ao considerarmos o acorde C7M (Dó maior com sétima maior), seu acorde relativo é o Am7 (Lá menor com sétima) e o antirelativo é o Em7 (Mi menor com sétima). Essa relação é fundamentada na similaridade de notas entre os acordes. Analisando as notas de cada acorde, temos:
Observa-se que o acorde Am7 compartilha três notas com o C7M (dó, mi, sol), assim como o acorde Em7 (mi, sol, si). Essa sobreposição de notas demonstra a conexão íntima entre esses acordes, diferenciando-se apenas por uma nota. Essa proximidade harmônica torna os acordes relativos e antirelativos ferramentas valiosas para criar variações melódicas e transições suaves na música.
Para encontrar o acorde relativo menor de um acorde maior, desça uma terça menor (três semitons) a partir da tônica do acorde maior. Da mesma forma, para encontrar o relativo maior de um acorde menor, suba uma terça menor a partir da tônica do acorde menor. Exemplo:
Para encontrar o acorde relativo maior de um acorde menor, suba uma terça menor (três semitons) a partir da tônica do acorde menor. Da mesma forma, para encontrar o relativo menor de um acorde maior, desça uma terça menor a partir da tônica do acorde maior. Exemplo:
Para encontrar o acorde antirelativo menor de um acorde maior, suba uma terça maior (quatro semitons) a partir da tônica do acorde maior. Exemplo:
Para encontrar o acorde antirelativo maior de um acorde menor, desça uma terça maior (quatro semitons) a partir da tônica do acorde menor. Exemplo:
Relativo Menor | Acorde Principal | Antirelativo Menor |
---|---|---|
Am (Lá, Dó, Mi) | C (Dó, Mi, Sol) | Em (Mi, Sol, Si) |
A#m (Lá#, Dó#, Mi#) | C# (Dó#, Mi#, Sol#) | Fm (Fá, Láb, Dó) |
Bm (Si, Ré, Fá#) | D (Ré, Fá#, Lá) | F#m (Fá#, Lá, Dó#) |
Cm (Dó, Mib, Sol) | D# (Ré#, Sol, Lá#) | Gm (Sol, Sib, Ré) |
C#m (Dó#, Mi, Sol#) | E (Mi, Sol#, Si) | G#m (Sol#, Si, Ré#) |
Dm (Ré, Fá, Lá) | F (Fá, Lá, Dó) | Am (Lá, Dó, Mi) |
D#m (Ré#, Fá#, Lá#) | F# (Fá#, Lá#, Dó#) | A#m (Lá#, Dó#, Mi#) |
Em (Mi, Sol, Si) | G (Sol, Si, Ré) | Bm (Si, Ré, Fá#) |
Fm (Fá, Láb, Dó) | G# (Sol#, Dó, Ré#) | Cm (Dó, Mib, Sol) |
F#m (Fá#, Lá, Dó#) | A (Lá, Dó#, Mi) | C#m (Dó#, Mi, Sol#) |
Gm (Sol, Sib, Ré) | A# (Lá#, Ré, Fá) | Dm (Ré, Fá, Lá) |
G#m (Sol#, Si, Ré#) | B (Si, Ré#, Fá#) | D#m (Ré#, Fá#, Lá#) |
Relativo Menor | Acorde Principal | Antirelativo Menor |
---|---|---|
Am7 (Lá, Dó, Mi, Sol) | C7M (Dó, Mi, Sol, Si) | Em7 (Mi, Sol, Si, Ré) |
A#m7 (Lá#, Dó#, Mi#, Sol#) | C#7M (Dó#, Mi#, Sol#, Si#) | Fm7 (Fá, Láb, Dó, Mib) |
Bm7 (Si, Ré, Fá#, Lá) | D7M (Ré, Fá#, Lá, Dó#) | F#m7 (Fá#, Lá, Dó#, Mi) |
Cm7 (Dó, Mib, Sol, Sib) | D#7M (Ré#, Sol, Lá#, Ré) | Gm7 (Sol, Sib, Ré, Fá) |
C#m7 (Dó#, Mi, Sol#, Si) | E7M (Mi, Sol#, Si, Ré#) | G#m7 (Sol#, Si, Ré#, Fá#) |
Dm7 (Ré, Fá, Lá, Dó) | F7M (Fá, Lá, Dó, Mi) | Am7 (Lá, Dó, Mi, Sol) |
D#m7 (Ré#, Fá#, Lá#, Dó#) | F#7M (Fá#, Lá#, Dó#, Mi#) | A#m7 (Lá#, Dó#, Mi#, Sol#) |
Em7 (Mi, Sol, Si, Ré) | G7M (Sol, Si, Ré, Fá#) | Bm7 (Si, Ré, Fá#, Lá) |
Fm7 (Fá, Láb, Dó, Mib) | G#7M (Sol#, Dó, Ré#, Sol) | Cm7 (Dó, Mib, Sol, Sib) |
F#m7 (Fá#, Lá, Dó#, Mi) | A7M (Lá, Dó#, Mi, Sol#) | C#m7 (Dó#, Mi, Sol#, Si) |
Gm7 (Sol, Sib, Ré, Fá) | A#7M (Lá#, Ré, Fá, Lá) | Dm7 (Ré, Fá, Lá, Dó) |
G#m7 (Sol#, Si, Ré#, Fá#) | B7M (Si, Ré#, Fá#, Lá#) | D#m7 (Ré#, Fá#, Lá#, Dó#) |
No contexto prático, dominar os acordes relativos e antirelativos melhora a habilidade de improvisação, composição e arranjo. Músicos que entendem esses conceitos são capazes de criar transições mais suaves, adicionar interesse harmônico e explorar modulações de maneira mais eficaz. Além disso, o conhecimento profundo dessas relações harmônicas facilita a comunicação entre músicos, permitindo colaborações mais fluídas e criativas.
Em resumo, conhecer e aplicar acordes relativos e antirelativos não apenas enriquece o vocabulário harmônico de um músico, mas também abre um vasto campo de possibilidades para a criatividade musical. É uma habilidade essencial para qualquer pessoa que deseja aprofundar sua compreensão da música e explorar novas fronteiras sonoras.
No campo harmônico, cada acorde desempenha uma função específica que contribui para a progressão harmônica e a estrutura tonal da música. Os acordes principais, como as tônicas, dominantes e subdominantes, estabelecem a base sobre a qual as melodias e harmonias são construídas. Substituir esses acordes por seus relativos ou antirelativos pode alterar dramaticamente a cor e a emoção da música, oferecendo novas direções harmônicas e texturas sonoras.
A rearmonização, que é a prática de substituir acordes originais por outros acordes que funcionem harmonicamente, beneficia-se enormemente do conhecimento dos acordes relativos e antirelativos. Ao rearmonizar uma peça, um músico pode manter a essência melódica enquanto explora novas possibilidades harmônicas.